Como a vacinação contra a COVID afeta as grandes ligas esportivas americanas
NBA e NFL apresentam novas regras e dinâmicas para lidar com jogadores anti-vacina
O Brooklyn Nets, time da National Basketball Association (NBA), fez um comunicado sobre o afastamento do jogador Kyrie Irving por causa da decisão do jogador de não se vacinar contra a COVID-19. A equipe explicou que pela falta da vacinação o armador se torna inelegível para partidas em alguns estados dos EUA.
A NBA voltou no dia 19 de outubro, mas antes, no dia 29 de setembro de 2021, a liga já tinha anunciado medidas sobre a pandemia. O porta-voz Michael Baes comunicou aos veículos de imprensa dos Estados Unidos que os atletas que perderem jogos em decorrência da não vacinação contra a COVID-19 não precisarão ser pagos pelas partidas nas quais não atuarem.
O jogador Kyrie Irving, do Brooklyn Nets, de Nova Iorque, teria prejuízos na casa de US$ 300 mil dólares por cada partida jogada em casa. Já que as medidas contra a COVID-19 na cidade determinam que apenas vacinados podem ficar em ambientes fechados e sem máscara, como as arenas.
Andrew Wiggins, do Golden State Warriors, teria o mesmo problema de Irving, já que São Francisco, cidade sede da franquia, tem regras parecidas com as de Nova Iorque. Porém, após muitas críticas de especialistas e fãs, o comandante dos Warriors, Steve Kerr, confirmou no dia 3 de outubro, domingo, a vacinação do jogador. Wiggins teria prejuízo de mais de US$ 15 milhões de dólares na temporada, se continuasse com a decisão de não vacinar.
A National Football League (NFL), liga estadunidense de futebol americano, já começou e tem o mesmo posicionamento de não obrigatoriedade de vacinação para os jogadores. A liga anunciou em agosto que se algum time tiver um surto da doença, partindo de jogadores ou membros da comissão não vacinados e a partida não puder ser remarcada, os times serão obrigados a desistir, ficando com uma derrota na classificação. Além disso, se alguma partida não for jogada, os salários referentes à semana na qual se realizaria não serão pagos e a equipe responsável poderá receber uma multa da NFL em decorrência da partida não jogada.
Atletas como DeAndre Hopkins, wide receiver do Arizona Cardinals, anunciaram ser contra a vacinação. Em seu Twitter, o atleta declarou: “Nunca imaginei que fosse dizer isso, mas estar numa posição que prejudicaria meu time porque não quero tomar vacina está me fazendo ponderar meu futuro na NFL”, mas depois apagou e fez um tweet com apenas a palavra “Liberdade”.
Mesmo com algumas exceções, até o dia 9 de setembro, a taxa de vacinação entre os jogadores da NFL era de 93,5%, número mais alto do que os 65,6% de taxa de vacinação nos EUA. Duas equipes já têm 100% dos atletas vacinados, sendo elas o Atlanta Falcons e o Tampa Bay Buccaneers.
Pura verdade!! Belo trabalho!