top of page

Eurocopa: protestos e intolerância dividiram torcedores e seleções na Europa

Última edição da Eurocopa foi provou que futebol e política estão conectados

FUTEBOL E POLÍTICA - Última edição da Eurocopa é marcada por pautas sociais e identitárias. (Foto: Foto: Christof Stache/POOL/AFP)

A Eurocopa, que começou no dia 11 de junho, gerou uma série de polêmicas envolvendo a União das Associações Europeias de Futebol (UEFA), seleções, jogadores e até torcedores, virando notícia por todo o mundo. Nas últimas semanas de junho, quando a competição acontecia, a torcida húngara foi acusada de intolerância, a seleção croata se absteve nos protestos contra o racismo, a UEFA vetou luzes arco-íris em representação da comunidade LGBTQI+, entre outros acontecimentos.


Antes mesmo de começar a Eurocopa, no dia 10 de junho, a Federação Croata de Futebol divulgou um comunicado afirmando que seus jogadores têm direito a escolher se participam ou não do ajoelhamento, que é um protesto, popularizado pelos jogadores e equipes da Premier League, contra o racismo, e em conjunto, os atletas croatas teriam decidido não participar. A seleção é polêmica e tem jogadores como Josip Brekalo, que afirmou, em 2018, que não gostaria de participar de uma campanha da Bundesliga contra a homofobia por causa de sua crença cristã, ou como Dejan Lovren, que postou uma série de notícias falsas sobre a vacinação contra a COVID-19 em suas redes sociais.


Além disso, segundo a imprensa francesa, no jogo contra a França, todas as vezes que Mbappé tinha a posse da bola, torcedores húngaros faziam sons de macaco. Já no jogo contra Portugal, havia cartazes escritos “ANTI-LGBT” nas arquibancadas húngaras. Após a UEFA comunicar no dia 20 de junho que iria investigar as denúncias, a entidade anunciou que puniria a Federação Húngara de Futebol com três jogos com portas fechadas (sem torcida) e uma multa de 100 mil euros (cerca de R$624,6 mil) por “comportamento discriminatório de seus torcedores”.


Em meio a uma Eurocopa politizada com protestos contra o racismo e a homofobia, a UEFA vetou a iluminação com as cores do arco-íris, em analogia à bandeira LGBTQI+, que estava programada para a partida entre as seleções alemã e húngara na Allianz Arena, afirmando que: “De acordo com seus estatutos, a UEFA é uma organização politicamente e religiosamente neutra. E que dado o contexto político, a UEFA rejeitou o pedido”. No entanto, ao observar os cenários europeu e mundial, é inegável que o futebol e a política estão ligados, sendo o esporte uma forma de buscar representatividade, reivindicações e união.

bottom of page